O poder da economia prateada digital

Retrato do consumidor sênior realizado pela Hype60+ em parceria com a Mind Miners  mostra que nossos idosos estão cada vez mais digitais, comportamento esse que já influencia na decisão de compra. Hoje 85% desse público tem no Google a principal ferramenta de pesquisa na hora da aquisição de um produto. E as compras pela internet já somam 47%.

A pesquisa Hábitos de Consumo dos 50+, porém, revela que a maioria dos entrevistados (57%) se sente invisível para o mercado. Trata-se de uma parcela de quase 15% da população brasileira – o Brasil possui quase 30 milhões de pessoas acima dos 60 anos – que buscam atendimento específico.

“As marcas perceberam essa onda, mas não tiveram tempo de se planejar ainda e não sabem como incluir essa parcela da população nos seus negócios”, diz a coordenadora da pesquisa e co-fundadora do Hype60+, Layla Vallias. “Há grandes oportunidades para as empresas entenderem e atenderem melhor esse segmento que só cresce no País”.

O Hype60+ é um núcleo formado por um grupo de profissionais de marketing especializados no consumidor sênior e que juntos, ajudam empresas e organizações a desenvolverem melhores produtos, serviços e experiências para o público maduro.

Sem estereótipos

Layla destaca que os 50+ estão longe do estereótipo do velhinho de bengala ou tricotando sentado numa cadeira de balanço que fazem parte do imaginário popular. “Em meados século passado chegar a maturidade parecia um milagre, hoje ela é um novo ciclo cheio de oportunidades e isso se reflete nos hábitos de consumo”, afirma.

Daí o termo Economia Prateada, que surgiu no Japão – país com maior número de idosos no mundo – na década de 1970, e se espalhou pela Europa, a começar pela França. “Hoje se houve muito falar sobre ‘silver economy’ e ‘gray dollar’ nos Estados Unidos também”, conta Layla. Na prática, é a economia alimentada pelos consumidores com 60 anos de idades ou mais. Os grisalhos, em bom português.

Em 2010, a quantia gasta por essa faixa etária foi de 8 US$ trilhões. A previsão é de que alcance US$ 15 trilhões até 2020. Um imenso mercado, de acordo com o Movimento Mundo Prateado.

Um sinal dessa tendência é indicado pelo artigo publicado pelo The Fiscal Times de 2015 que chama atenção para o fato de a famosa Selfridges londrina  lançar uma campanha orientada aos consumidores grisalhos, pela primeira vez naquele ano. Suas vitrines, antes sempre ocupadas por jovens, abriram espaço para os sonhos de consumo bancados pela economia prateada. “É o reconhecimento de que eles agora são protagonistas no mercado”, avalia Layla.

Conectados ao mundo digital

Os consumidores brasileiros desta faixa são igualmente ávidos por bens e serviços que aumentem sua qualidade de vida e sejam desenhados levando em consideração suas necessidades.  De acordo com a pesquisa, que analisou o que os maduros mais consomem e do que sentem falta, os sites de notícias (85%) e redes sociais (83%) são os principais meios utilizados pelos 50+ para se manter informados. Veículos tradicionais como o jornal e televisão tem perdido espaço na busca por informação.

O serviço mais consumido, no geral, é a TV paga, mas isso pode mudar por faixa etária. Para quem tem entre 50 e 59 anos, serviços de entretenimento, como Netflix e Spotify são os mais acessados, enquanto para quem tem mais de 60 anos mobilidade e saúde figuram nos serviços mais procurados.

Apontou ainda que Educação está entre as prioridades: 55% dos 50+ sentem falta de cursos no geral (fora línguas), seguido de vestuário e roupas adequados a sua idade (47%). Para 42% faltam alimentos que atendam necessidades específicas, enquanto serviços de turismo e cursos de idiomas/ intercâmbio aparecem com (37%) e (34%), respectivamente. As soluções para adaptação/ acessibilidade da casa foram apontados por 32% dos entrevistados e produtos de beleza por 30%.

De acordo com o estudo, alimentação (46%) e plano de saúde (39%) são as principais despesas pessoais citadas pelos entrevistados. Os gastos com a casa representam 67% da renda e 19% são destinados aos gastos pessoais.

Das 863 pessoas de todo o país entrevistadas, 73% afirmaram ter casa própria, 14% moram em casa alugada. Outros 7% moram em casa própria em pagamento e 6% em moradia emprestada ou cedida. Os 50+ estão vivendo cada vez mais sozinhos, seja por viuvez, ninho vazio ou separação. No entanto, 33% moram em duas pessoas, em geral o cônjuge e são responsáveis pelas próprias compras.

É um retrato que revela o tamanho do desafio das empresas para incluir esse público na sua estratégia de negócio.

Sapato velho também pode percorrer uma nova estrada

Em vez de falar de problemas (e, acreditem, não são poucos) vamos falar de soluções? Ao longo do tempo em que tenho me dedicado a escrever sobre a longevidade, descobri inúmeras iniciativas que não só propõem respostas positivas ao envelhecimento como ressignificam essa fase da vida.  O Lab 60+ é uma delas. E acabo de me associar ao movimento. Não, eu não tenho 60 anos. Mas vou chegar lá. Espero! E, afinal, trata-se de uma conversa da qual todos nós devemos fazer parte.

No decorrer do tempo pretendo apresentar a vocês todas essas iniciativas que tenho tido o prazer de conhecer e que me abriram os olhos para enxergar que um par de sapato velho pode sim percorrer uma nova estrada.  Hoje eu trago o Lab 60+ para falar do que tem sido feito em prol da revolução da longevidade porque sempre admirei e valorizei o empreendedorismo. Mais do que isso: sempre sonhei empreender e nesse movimento há diversas pessoas que fizeram da aposentadoria o pontapé inicial para finalmente realizar seus sonhos.

Além do dominó e do bingo

Novamente trago o exemplo de Casa. Meu pai, embora não tenha se capacitado tanto, ilustra perfeitamente como se manter ativo é vital para o bem-estar físico e emocional, além de contribuir para melhorar a qualidade de vida da família quando a aposentadoria reduziu seu poder aquisitivo. Só parou para cuidar da minha mãe quando a vida assim o exigiu. E estava pronto.

Como ele, hoje no Brasil, cerca de 650 mil idosos estão atuando estrategicamente, além do dominó e do bingo. Calcula-se que por volta de 3,1% dos empreendedores brasileiros têm mais de 60 anos e, com o aumento na qualidade de vida, o número de empresários nesta faixa etária não vai parar de crescer.

Empreender depois dos 50 anos é um caminho sem volta para milhares de pessoas ao redor do planeta. Os fatores que contribuem para isso são muitos: aumento da longevidade, desemprego, aposentadoria ou mesmo realização pessoal estão entre os principais.

Os números impressionam. A pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) de 2015 registrou que 30% dos empreendedores em estágio inicial têm entre 45 e 64 anos. No caso de negócios já estabelecidos, esse número sobe para 59%.

De acordo com o Sebrae, depois dos 60 anos pode ser, literalmente, a melhor idade para iniciar um novo negócio. Isso porque os idosos esbanjam mais saúde e disposição do que muitos jovens e, se eles tiverem atualizando-se ao longo do tempo, a experiência e a maturidade vão garantir muitos pontos positivos para o empreendedorismo.

Ferramentas naturais

Questões relacionadas à aposentadoria, como “O que eu vou fazer durante o dia?” podem se transformar em poderosos estimulantes. É possível encontrar na maturidade e na experiência de vida características essenciais ao empreendedorismo, como conhecimento (ter o saber), habilidade (saber fazer) e atitude (querer fazer), o famoso CHA.

Se você ainda tem dúvidas ou não sabe por onde começar a ajudar seu idoso, o Lab 60+ pode ser o primeiro passo. O movimento realiza anualmente um encontro entre pessoas e instituições para debater as possibilidades de viver e contribuir de forma ativa para a sociedade após os 60.

Protagonismo do idoso

“O protagonismo é fundamental no desenvolvimento de um mundo que respeite a todos; um mundo de cuidado recíproco. Devemos agir como indivíduos que pensam como coletivo, construindo uma realidade que traduza os ganhos e benefícios de envelhecer.”, diz o Manifesto do Lab 60+.Há ainda muitos cursos dedicados para essa faixa etária e literatura que podem ajudar nesse caminho. Separei aqui duas opções: o curso Empreendedorismo na Maturidade e o livro O Empreendedorismo na Maturidade. Mas as possibilidades são infinitas e vale lembrar que sempre é possível iniciar qualquer curso independentemente da idade. E trilhar qualquer caminho.

Tempo de (se) cuidar

Depois da Medeiros, descobri outra Marta que não sai do meu lado antes do sono chegar, entre os livros de cabeceira. Essa, de sobrenome Pessoa, é autora de “É Tempo de Cuidar – Eles Envelhecem: E Agora?”.

Buscando um texto que havia escrito para o Instituto da Longevidade sobre como algumas mulheres deram a volta por cima na idade e retornaram para a universidade após os 60, construindo não apenas uma nova carreira, mas uma nova vida, acabei encontrando a entrevista dela ao portal. Leia aqui

Ela conta a experiência com os pais idosos e como deixou de ser filha única para se tornar cuidadora única. Mas a solução encontrada nessa dinâmica foi abrir mão da carreira e gerenciar tudo a distância. Também tenho trocado muita figurinha com minha amiga e sócia Juliana Junqueira, que administra de São Paulo os pais em Guaratinguetá. Mas as idas e vindas da Ju nesse processo são constantes.

Organizar e reorganizar

No meu caso, eu precisei voltar a dividir o mesmo teto e a convivência não tem sido das melhores. Nem um de nós é fácil, claro. Cada um com suas particularidades. Talvez depois de organizar melhor a vida deles eu saia para reorganizar a minha, que virou de ponta cabeça.

Entrei em contato com a Marta pelo Facebook. Ela prontamente me aceitou e já trocamos algumas mensagens! Depois conto tudo aqui.

Do meu lado, o que tem sido mais difícil é estabelecer um diálogo com a minha mãe, que só sabe dizer que eu quero matá-la. Antes porque eu pegava no pé pela alimentação. Então o cardiologista alertou que o peso poderia, de fato, matá-la. Acabou chorarê.

Agora, o enredo da novela é a organização da casa nova. Eu quero me desfazer de toda quinquilharia acumulada em mais de 40 anos e todo dia é uma guerra. É tanta coisa inútil! E quase tudo desnecessário para duas pessoas que sequer tem dado conta de cuidar da própria saúde.

Paciência como aliada

Eu tenho consciência de que é preciso paciência. Muita. Mais talvez do que seja capaz de ter em toda a minha existência terrena. Tem me feito um mal tamanho essa situação. Talvez seja hora de retornar a terapia para melhor entender porque minha mãe é tão dramática e aceitar que ela vai reclamar para sempre e de tudo. Também para estar apta para o que vem pela frente. A tendência é só piorar, eu acho.

Não há um dia em que ela não lembre o quanto sofre desde que nasceu, porque a mãe, minha avó, morreu cedo e ela foi criada por uma madrasta terrível. Há aí certo trauma que carrega e desconta em nós, aqueles que a cercam. É claro que ela sofre e tem dores terríveis e constantes, mas não procura fazer para mudar seus hábitos e se ajudar.

Hora de mudar

De outro lado, entrevistei mulheres como Elice Dias Oliveira, de 66 anos, que voltou à rotina escolar e me mostrou que depende muito da força de vontade própria mudar o comportamento. “Resolvi fazer minha parte para enfrentar a maturidade em vez de ficar reclamando de dor na coluna”, contou.

Professora formada pelo extinto Curso Normal, ela lecionou durante 36 anos e, quando se aposentou, fez uma pós em pedagogia hospitalar, mas descobriu durante o estágio que não era sua praia.

Ponto positivo

Se escolher um curso superior ainda na adolescência é algo difícil, o que dizer de fazer faculdade depois dos 50 anos? Disciplina e força de vontade são requisitos fundamentais e a maturidade pode ser o ponto mais positivo de quem escolhe correr atrás desse e de outros sonhos, segundo Elice.

“Após participar de várias oficinas mais curtas, decidi ir além. Artes e esportes não me interessavam mais e optei pela seleção para gerontologia, que envolve muitas disciplinas de psicologia, um antigo desejo.”

Hoje cursando o primeiro ano no campus da USP Leste, ela avalia que embora gaste quase 6 horas no transporte público, a troca com a “moçada” compensa. “Tempo não me falta.”

Motivo para ação

Para a ex-executiva Patricia Martins de Andrade, 53 anos, a volta à universidade veio inicialmente como uma busca pela troca de carreira. Aos 46 anos e prestes a se aposentar, ela começou a amadurecer a ideia de cursar direito e prestar concurso para o Judiciário.

Formada em administração pela USP, ela decidiu buscar numa universidade privada a oportunidade. “A necessidade de dedicação é imensa e demanda uma disposição e tanto.”

Passaporte para novas conquistas

Hoje formada e com o crivo da Ordem dos Advogados do Brasil, ela revela seus outros planos. “As descobertas no meio do caminho me levaram a ter um novo propósito”, explica Patrícia, que está de partida para Portugal, onde obteve visto destinado para aposentados ou titulares de rendimentos próprios. “Pretendo morar e atuar como mediadora no ramo de conciliação privada.”

Na avaliação dela, fazer faculdade depois dos 50 anos não é para qualquer um. “É preciso ter um motivo para a ação, a tal motivação.” Assim, uma nova graduação ou qualquer outro curso só se justificaria dentro de um contexto maior. “É preciso ter alinhamento ao que você gosta.”

Aluga-se filhos! E netos.

Quem é que nunca viu em apuros por falta de agenda para levar os pais ou o avós para os médicos ou para a formação social?

Com mais de 14% das pessoas vivendo sozinhas, das quais 44,3% com mais de 60 anos de idade – segundo dados  do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -, e a taxa de desemprego nas alturas, cria-se a equação perfeita para impulsionar uma nova atividade: filhos ou netos de aluguel.

Foi diante desse cenário e em busca de renda extra que engenheiro civil Aloísio Melo, 46 anos, virou neto de aluguel. Não foi diferente com o segurança Everaldo Silva, 48 anos, que criou um blog para vender o serviço de filho de aluguel.

Um na Grande Vitória (ES) e outro na Grande São Paulo (SP), respectivamente, usaram a criatividade para se recolocar no mercado e driblar a crise. E, na essência, oferecem o mesmo serviço: acompanhar o contratante em compromissos e atividades. Para ambos, a ideia surgiu a partir do trabalho como motorista do aplicativo Uber. Nas corridas, perceberam a carência de companhia e de auxílio de parte do público com mais de 60 anos de idade.

Paciência como aliada

Aloísio foi além do acompanhamento. Ao ensinar uma senhora a baixar o app de transporte, percebeu que tinha jeito para ensinar esse público a “decifrar” as novas tecnologias. Passou, assim, a oferecer aulas. É preciso, diz ele, trabalhar no “tempo da pessoa”. “A paciência é minha grande aliada”, garante.

Já a proposta de Everaldo é oferecer transporte diferenciado. “A ideia é acompanhar ao médico, ao supermercado, ao banco ou ao shopping para um momento de lazer, tudo dentro de uma relação de amizade e confiança”, conta.

Não é, dizem eles, que a família não tem interesse em estar no dia a dia. Mas a rotina corrida dos filhos e dos netos nem sempre permite uma brecha na agenda. E filhos e netos de aluguel podem acompanhar nas consultas médicas e até ser parceria em viagem.

Custos e referências

E quanto custa o serviço de netos de aluguel? Nenhum dos dois fala em valores. Dizem que tudo é negociável no contato com os clientes. Há quem cobre por hora. E existe quem feche um preço pelo serviço, aos moldes do já popular marido de aluguel, contratado para fazer pequenos reparos domésticos.

Apesar de ser uma opção para quem precisa de companhia em compromissos, o neto de aluguel ainda é visto por alguns com desconfiança. “Aqui em Marília [interior de São Paulo] não pegou apesar da oferta voluntária”, diz Adriana Cavallaris, 48 anos, outra potencial filha de aluguel “por vocação”.

Os contratantes ainda preferem os serviços de um cuidador, que tem formação na área e é uma atividade regulamentada, opina Claudio Hara, diretor do Centro Dia Angels4U e mestre em gerontologia social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. “Também é difícil mensurar um valor mínimo desse tipo de acompanhamento”, diz. “Talvez por isso ainda tenha se popularizado tão pouco.”

Texto originalmente publicado no Portal do Instituto da Longevidade Mongeral Aegon

A difícil arte de esvaziar malas velhas

O envelhecimento é condição subjetiva e heterogênea, e pode variar de indivíduo para indivíduo. Abordar o tema é abrir um leque de interpretações que se entrelaçam ao cotidiano e a perspectivas culturais diferentes.

Em muitos casos, junto ao processo de envelhecimento, o indivíduo vivencia outras situações, as quais estão relacionadas à própria personalidade. Um dos mais conflitos que tenho enfrentado nesse retorno ao lar dos meus pais é o apego excessivo a pertences que já não tem mais utilidade.

Minha mãe chega a chorar por conta de um monte de panela velha e encardida. Não sei como convencê-la, sem sofrimento, de que aquilo ali não vale nada. E fico com aquela dúvida: até que ponto acumular objetos deixa de ser uma forma de guardar lembranças para se tornar uma doença?

Quem responde é psicóloga Renata Bueno, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC): “É natural que o idoso guarde coisas que funcionem como recordações, que o ajudem a contar a história de sua vida.”

De olho no bem-estar

Ela explica que desde que não interfira no seu bem-estar isso não pode ser tratado como patologia porque é uma maneira de preservar sua memória. “Tem mais a ver com a personalidade de cada indivíduo e isso deve ser respeitado”, diz.

De acordo com ela, a Síndrome de Diógenes só pode ser diagnosticada quando as pessoas acumulam objetos, lixo e até animais em suas casas a ponto de perderem espaço necessário para a higiene própria, dormir ou se alimentar. “No caso de acumulação compulsiva, há isolamento social, diminuição da mobilidade e interferência nas atividades da vida diária, como tomar banho, dormir, comer e limpar”, afirma.

Ajuda de psicólogo

A personal organizer Luara Faria é especialista em organização de residências e conta que, não raro, é preciso atuar acompanhada de psicólogo para conseguir realizar o trabalho. “Os idosos tendem a ser mais metódicos e têm dificuldades em descartar coisas”, avalia.

Mas ela desenvolveu técnicas para atender esse público e dá dicas de como organizar melhor o ambiente.  O primeiro passo é fazer um inventário de tudo que há na casa. Ao catalogar as coisas fica mais fácil demonstrar o que é realmente descartável..

Depois, recomenda uma categorização ou setorização. Ao agrupar as coisas num mesmo setor, o acesso fica facilitado. “No caso de fotografias, por exemplo, separo tudo em álbuns por datas”, explica.

Acessibilidade evita acidentes

Ela destaca que é essencial poder mexer no que se tem e saber onde está. “Tudo tem de estar acessível para evitar acidentes”, diz, reforçando que embora seja o terceiro passo esse talvez seja o mais importante.

Outra dica é organizar os remédios de acordo com os horários e por tipo de necessidade. “É preciso dar autonomia para a pessoa, por isso também é recomendável deixar bilhetes e telefones de urgência sempre à vista.”

Texto originalmente publicado no portal do Instituto da Longevidade Mongeral Aegon.